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O convidado desta semana é o Fernando Alvim, alguém que sigo há bastante tempo, alguém que eu já queria ter entrevistado, mas a oportunidade surgiu após a Sónia Fernandes nos ter apresentado no World Failurists Congress, no qual o Alvim foi partilhar os seus falhanços amorosos, pois o tema era o Amor.
Não foi fácil encontrar espaço na agenda do Alvim para a nossa conversa, ele é bastante ocupado, está envolvido em montes de coisas, e existe nele a exigência para fazer bem.
Relativamente à exigência, falámos da necessidade de os criadores serem exigentes com o seu público, os artistas, os jornais, as televisões, etc, caem muita vez no “fácil”, e como ele diz se não formos exigentes com o público, este não será exigente connosco, e o resultado é um emprobrecimento do resultado final, e consequentemente, digo eu, uma morte.
Gostava de ter tido mais tempo com ele, acho-o uma pessoa muito inteligente, e com uma visão muito interessante sobre o mundo em que vivemos, alguém que reflecte, que se preocupa em estar informado, mas que me parece por vezes se esconde atrás de um Alvim mais brincalhão, e aparentemente desligado.
É alguém que se pode chamar de vanguardista, pois como ele disse, “…difícil é fazeres algo que as pessoas não sabem que vão gostar, mas que vão gostar…”, e para isso é preciso conhecer o que se faz, e perceber que se pode fazer diferente e melhor.
O cansaço que ele tinha, devido a ter dormido pouco, reflectiu-se um pouco na entrevista, e percebi que para conseguirmos não estar resignados e nos renovarmos constantemente, por vezes temos de esticar a corda, mas é um equilíbrio muito difícil de gerir, pois é uma estratégia a curto prazo, a energia que colocamos nos projectos vem de termos energia, e essa energia tanto pode vir de uma vida equilibrada e regrada, como por vezes vem da energia do movimento contínuo.
O Alvim, tem pressa, os projectos são a curto-médio prazo, havendo preferência pelos de curto prazo, o que não invalida a carreira longa que tem, e que se prevê continue a ter.
No meu caso, a pressa, o curto prazo, chocou com a falta de foco, e o querer agradar a outros, fui “maricão” como ele se refere a quem faz por agradar aos outros, mas é sempre tempo de respirar fundo, ganhar coragem, e fazer melhor, já, hoje.
Livro sugerido.
[…] Miguel Góis, e o único que ainda não entrevistei, o Tiago Dores, foram à Prova Oral do Fernando Alvim e é fantástico ver que muito daquilo que os fez ter o sucesso e o impacto que tiveram em […]