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A convidada desta semana é a Susana Romana, guionista nas Produções Fictícias, autora do excelente livro, “Escrever para Comédia, Um Guia Prático para Arruinar (ou Salvar) Vidas”, e além disso tudo ainda dá aulas de escrita para comédia.
Eu sempre fui um “engraçadinho” e quando soube que tinha sido lançado um livro em português como escrever para comédia decidi investigar e cheguei à Susana.
Fiquei a saber que iria haver uma apresentação do livro na FNAC do Colombo com a presença da autora, disse para mim mesmo “vou lá a ver a consigo convencer a passar pelo podcast”.
O Carlos Moura fez uma apresentação bastante interessante e reflectida, a Susana Romana falou do livro e seguiu-se a sessão de perguntas respostas, que eu como melga que sou fiz questão de iniciar. Gostei das respostas que fui obtendo e quando se passou para a sessão de autógrafos perguntei-lhe da sua disponibilidade . Disse logo que sim, e após algumas tentativas falhadas de encontro de agendas, lá conseguimos ter a nossa conversa, desta vez no Amoreiras Plaza numa altura em que houve um ataque de barulho perpetrado por um senhor com um berbequim e uma senhora com uma enceradora. Uma pequena nota, depois de vários desencontros de agenda, foi a Susana que retomou o contacto para agendarmos a nossa conversa, o que mostra a sua generosidade, pois com uma agenda tão preenchida podia ter-se borrifado num podcast que não tem tanta notoriedade como isso.
Foi uma conversa fácil, a Susana fala fluentemente dos seus processos, uma vez que a práctica que tem ao ensinar aos outros como escrever, obrigou-a a reflectir nesses mesmos processos.
Aconselho o livro, e aviso já que é um livro que se for bem usado, dá resultado, também dá trabalho pois tem montes de exercícios prácticos, mas que vale bem a pena fazer.
O subtítulo do livro “Um guia práctico para arruinar (ou salvar) vidas” faz todo o sentido, pois através do humor poderemos salvar a nossa vida aprendendo a rir de nós próprios e daquilo que nos acontece, mas também pode arruinar se somente rirmos dos outros e daquilo que lhes acontece.
Retive muitas coisas da conversa que tivemos. A primeira é que mais importante que escrever é reescrever, a segunda é que no humor a atenção ao detalhe é fundamental e a terceira é que no humor não há fórmulas daí ser tão poderoso e interessante.
[…] No caminho fui-lhe explicando o projecto, e fiquei a saber que já tinha ido ouvir alguns episódios, nomeadamente o da Susana Romana. […]