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O convidado desta semana é o Tiago Neto, amigo de longa data, que já não via há uns dez anos, e que agora é DJ/produtor de música.
Aproveitei a “desculpa” de o Tiago fazer umas músicas para o voltar a ver.
Fui ter com ele à Costa da Caparica, junto à praia, depois de ele ter tido mais uma sessão de bodyboard.
Não sabia muito bem como direccionar a entrevista/conversa, mas sabia que queria saber mais sobre o mundo da música electrónica e de que forma o Tiago entende a música, e como faz.
O Tiago só começou a fazer música electrónica aos 29 anos, mais um exemplo que não é na adolescência que se têm de tomar as decisões para a vida.
A “cena” da música electrónica ou música de dança em Portugal, é pequena, e pelo que percebi sobrelotada. Algo que gera escassez para todos os que tentam vingar neste meio. Poucas discotecas dedicadas, e uma contaminação negativa por parte dos “êxitos” que passam nas rádios.
Parece que estamos a chegar a uma coisa que ouvi há muitos anos, que nos E.U.A. as músicas precisam sempre de letras, pois eles só estão felizes quando podem cantar enquanto dançam.
A música que o Tiago faz é complexa, envolve muitas variáveis, batida, loops, e todas aquelas coisas que eu apenas repito porque ouvi.
Mais uma pessoa que vai deixar o nosso país, a caminho da Austrália em busca de melhores oportunidades de fazer a música que acredita e conseguir viver disso.
O Tiago apesar de haver mais de vinte anos que o conheci, continua igual naquilo que sempre foi dele, um miúdo de olhar vivo, que procura ser feliz, só isso, ser feliz.
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