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O convidado desta semana é o Hugo Macedo, fotógrafo que recentemente teve uma exposição em Lisboa, no Destinations Hostels na Estação do Rossio. A exposição chamava-se “Tabasamu” e um amigo comum, o Nuno Gaudêncio, sugeriu-me a ida à inauguração, que infelizmente não consegui ir.
Daí surgiu a ideia de entrevistar o Hugo, que aceitou logo o convite.
O percurso do Hugo é muito interessante no sentido em que experimentou várias coisas, “Estatística e Investigação Operacional” uma vez que gosta/gostava desse tipo de coisas, mas percebeu que não era bem aquilo que pretendia, e deixou a estatística e arranjou emprego na TMN, onde conciliava com um novo curso, o de “Gestão e Engenharia Industrial”. Como gostava e era bom naquilo que fazia na TMN, acabou por se desligar do curso, e subir dentro da empresa onde esteve 10 anos. Uma vez que acabou por chegar a um cargo onde coordenava outras pessoas, percebeu o interesse pelos “Recursos Humanos”, curso que passou a frequentar e a gostar, pois conseguia ver, como ele próprio diz, a aplicabilidade daquilo que aprendia na universidade, pois a experiência da práctica no trabalho era complementar com a teoria.
Tal como eu o Hugo considera que deveríamos ter experiências reais antes de nos metermos a tirar um curso superior, a pessoa que somos dos 15 aos 18/19 anos, não é uma pessoa com conhecimentos suficientes sobre o mundo e de que maneira nos queremos relacionar com ele, partindo de uma base académica que se encaixe com uma visão do mundo mais real e abrangente.
A fotografia surgiu, ou melhor, nunca esteve ausente, mas quando o Hugo saiu da TMN, achou que iria ter uns tempos para pensar no que fazer da vida, mas acabou por estar dois anos a viver da fotografia, algo que aconteceu quase de forma orgânica, sem grandes planeamentos, alguém que precisava de um fotógrafo, e “voilá”, os trabalhos começaram a surgir.
O Hugo desde 2010 trabalha na Associação Nacional dos Ópticos, como Assessor de Direcção, tendo sido, segundo ele uma decisão ponderada e não apaixonada, pela estabilidade que um emprego “normal” traz, mas acaba por beneficiar a paixão da fotografia, pois quando fotografa, aos fins de semana, e após o seu horário de trabalho, fá-lo de uma forma mais liberta da pressão que o “viver da fotografia” de certa forma obrigaria.
O próprio podcast, para mim, pretendo que seja algo paralelo, não seja a minha fonte principal de rendimento, a liberdade de escolhas que isso permite, beneficia de certeza a mim, aos convidados e a quem segue o podcast.
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