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A convidada desta semana é a Catarina Catarino, a qual tomei contacto através de um grupo que ambos fazemos parte, grupo esse em que somos (pelo que sei) os dois únicos portugueses.
Chamou-me à atenção estar mais um português, neste caso uma portuguesa, naquele grupo, pois faço parte de outros grupos do género e não é comum encontrar lá almas lusas.
Investiguei o que a Catarina fazia, e apercebi-me que estava na área da nutrição, postura e movimento, áreas que bastante me interessam, mas acima de tudo quis falar com ela pela abordagem que ela tem do assunto.
Estando sediada na Madeira, e sendo portuguesa, isso não a impediu de ter a coragem de ver o mundo como possível mercado, pois através do Skype e o site em inglês, a localização e a língua deixaram de ser impedimento.
A criatividade para mim, como as pessoas que seguem o podcast já sabem, passa por muita coisa, e está presente em quase tudo, seja na forma como nos mexemos seja na forma como comemos.
Muitos de nós, quando a pressão aumenta, deixamos de fazer aquilo que nos colocou em posição de fazer bem, passamos a comer a primeira coisa que nos aparece à frente (de preferência cheia de açúcar), e normalmente à pressa. A questão é que nós somos mente e corpo, e atrevo-me a dizer que as ideias, e aquilo que fazemos com elas, passa também pela maneira como nos alimentamos e como nos mexemos. A falta de energia para fazer, ou uma letargia mental, que nos inibe de estarmos no nosso melhor para produzir algo de valor, é muitas vezes parte de um ciclo que começa numa sobrecarga, que resulta em más posturas, falta de exercício e o recurso a comidas que no deêm um ganho calórico rápido, mas que logo de seguida se esgota e deixa mais mazelas que benefícios. Até podemos conseguir “enganar” o corpo durante algum tempo e “espremer-lhe” ideias de valor, mas é um caminho que cedo acaba e nos faz embater numa parede.
Essa parede pode ser um esgotamento, uma gordura abdominal que teima em não desaparecer, uma forte dor nas costas que nos acompanha todo o dia, e tudo porque não fomos ouvindo os sinais do corpo, e achamos que a mente controla tudo, e que “é só mais um bocadinho”.
Eu por mim falo, pois quando as coisas para fazer são mais que o tempo para as fazer, a tendência natural é largar o tempo “perdido” como exercício, e comer qualquer coisa rápida, e os doces passam a puxar por mim como um remoinho que leva tudo para o fundo.
Mas por mim também falo que se resisto ao pensamento inicial de ceder à pressão, o resultado é bem superior, mais sustentado, pois consigo fazê-lo de forma mais regular.
Como a Catarina diz, a digestão é importante, seja comida ou informação, e para digerir é preciso tempo.
- Livros sugeridos do Marc David, Slow Down Diet e Nourishing Wisdom.
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