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“O nosso medo mais profundo não é sermos inadequados. O nosso medo mais profundo é que somos poderosos para além da medida.
É a nossa luz, não a nossa escuridão que mais nos assusta.
Perguntamo-nos: ‘Quem sou eu para ser brilhante, lindo, talentoso, fabuloso?’
Na verdade, quem és tu para não ser? Tu és filho de Deus. Jogares pequeno não serve o mundo. Não há nada de iluminado em encolheres-te para que as outras pessoas não se sintam inseguras ao teu redor. Estamos todos destinados a brilhar, como as crianças fazem. Nascemos para manifestar a glória de Deus que está dentro de nós. Não é só em alguns de nós; está em todos. E quando deixamos nossa própria luz brilhar, inconscientemente, damos a outras pessoas permissão para fazer o mesmo. À medida que nos libertamos do nosso próprio medo, a nossa presença automaticamente liberta os outros ”.
Marianne Williamson
A anterior convidada Nádia Tavares partilhou esta citação, e esta questão de ao deixarmos a nossa luz brilhar, estamos a dar permissão aos outros ao nosso redor para fazer o mesmo, fez-me pensar, e para perceber necessito escrever.
Quando estou a escrever esta linha ainda não tenho certo em mim onde vou chegar, mas sinto que tenho de percorrer este caminho para me retirar deste lugar de dúvida onde estou neste momento.
Poderia ir investigar em mil e um sites, ver vídeos, mas a minha experiência ainda teria de ser vivida, tenho sempre de voltar aqui, à minha experiência, é essa que me faz avançar. Já tiveste com certeza situações em que te disseram que algo era de determinada forma, concordaste, mas não sentiste que algo tivesse mudado em ti relativamente à perspectiva que tinhas sobre o assunto.
Se fores como eu terás a tendência a adiar para o último momento o arriscar ver na primeira pessoa se aquela coisa que vês outros tentarem ou terem sucesso, se também pode ser verdade para ti. Preciso de validação, de estar seguro do passo a dar, esquecendo-me que de que não há alternativa para conhecer verdadeiramente sem ser o experimentar.
Voltando à citação, se todos à minha volta se encolhem, se escondem a sua luz, isso é um claro sinal que também eu não deverei mostrar a minha luz, de ser verdadeiro comigo, com aquilo que sou.
Por isso é tão importante conhecer o mais variado tipo de pessoas, sair do nosso círculo habitual, o nosso contexto transformou-nos naquilo que somos hoje, se queremos que o amanhã seja diferente não dá para continuar parado no mesmo sítio.
“Não podes curar-te no mesmo ambiente que te pôs doente.”
Esta frase de autor desconhecido parece óbvia para todos, mas no entanto esquecemo-nos de aplicar este conhecimento, talvez por não conseguirmos afastar-mo-nos a uma distância que seja suficiente para ver onde realmente estamos.
E agora?
Agora, questiona porque reages da forma que reages, questiona porque acreditas no que acreditas, questiona porque fazes o que fazes.
Há maneiras de reagir, acreditar ou fazer que sejam diferentes?
Se sim, são melhores, piores, fazem sentido?
Esta semana fiz duas entrevistas, uma delas foi com o Tomás Wallenstein vocalista dos Capitão Fausto que lançaram hoje o seu novo álbum, nenhuma das conversas me fez sentir que tivesse corrido bem, talvez seja exigência minha, mas o que importa foi o que ele me disse a certa altura na conversa, a simplicidade e calma com que referiu que é preciso é fazer, depois pode-se corrigir, e que não há drama nenhum só preciso começar.
É bem verdade, a partir do momento em que começamos, tudo parece mais simples, mesmo o que necessita de ser corrigido é algo de concreto, não é apenas um cavaleiro do apocalipse que destrói tudo nesse cenário negro dentro da nossa cabeça.
O que é que custa começar?
Não falo de dinheiro, falo de atitude.
O que custa é toda uma reputação que achamos que temos de manter, e essa dita reputação é construída na nossa imaginação, não é real, no entanto impede-nos de avançar. Na verdade, ninguém quer saber dos outros, estão demasiado preocupados consigo mesmos. Apenas quando os afecta se preocupam com as consequências que isso poderá ter para si.
As consequências podem ser, tu tentares, correr bem, e essas pessoas que te criticam sentirem-se mal ao confrontarem-se com o facto de que é possível, e que se elas não o fazem é porque não têm coragem. Por essa razão não lhes interessa que os outros à sua volta arrisquem, que tentem, pois coloca em cima deles a pressão de também perseguirem aquilo que os faz vibrar.
Quando temos a coragem de arriscar, estamos a dar permissão às pessoas à nossa volta, estamos a dizer-lhes, “anda, é possível, a água não é assim tão funda e podemos sempre nadar”.
Se achas que é muito arriscado, se estás demasiado ansioso com as consequências, pensa no bem que podes fazer pelas pessoas à tua volta, não é compatível estar ansioso e ser altruísta ao mesmo tempo.
Ao estares ansioso vês menos possibilidades, temes o futuro, e usas uma lente que encontra os defeitos, não uma lente que busca vantagens e forças.
Busca em ti aquilo que a tua energia pode oferecer ao mundo, larga de uma vez por todas a preocupação com o fazeres má figura, as pessoas à tua volta podem ajudar-te, da mesma forma que tu os podes ajudar.
Lembra-te, isto não é sobre ti, é sobre nós.
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