Podcast: Play in new window | Download (62.8MB) | Embed
Subscribe: Apple Podcasts | RSS
O convidado desta semana é o Diogo Vilhena, realizador ligado ao documentário, ou como ele próprio diz, arqueólogo da memória.
Nasceu em Vila Nova de Milfontes, onde cedo teve contacto com o cinema, quer por ter trabalhado no cinema Girassól, quer pelo facto de quando era criança ter sido rodado lá a maior produção de Hollywood em Portugal, a “Casa dos Espíritos”, algo que lhe deu acesso a conhecer os bastidores e todo um lado menos vísivel de como se faz cinema.
Também enquanto jovem criou uma base de dados, uma compliação dos sons da sua terra, recolhidos com um gravador que o acompanhava no dia-a-dia.
O património que temos ao nível das histórias, das vivências e costumes, é algo que interessa bastante ao Diogo, aquilo que nos faz “um povo” é mais do que um hino ou uma bandeira, é uma partilha das mesmas experiências, ou similares, como habitantes neste território rodeado de mar e Espanha.
O Diogo vive em Sines, onde me encontrei com ele, onde lhe é fácil usar o seu meio de transporte preferido, a bicicleta, um hábito que ele refere como sendo algo que o ajuda a pensar.
Considera a criatividade a sua ferramenta de trabalho, pois os meios técnicos, são isso mesmo, meio, e o que interessa é a maneira como se faz, a mestria que se tem, e a dedicação que se tem para com o objecto de estudo.
O Diogo é uma pessoa que aparenta muita calma, uma pessoa que gosta de ouvir as histórias que os mais velhos têm para contar, histórias que fazem a História de Portugal, pois não são só os grandes feitos que constroem a nossa identidade.
A atenção é outra ferramenta que ele usa, e por essa razão a treina, abstendo-se de estimúlos em excesso, pois quando vai entrevistar estas pessoas, necessita de ir de mente vazia, disponível para ouvir, sem influenciar, sem julgar, fazendo assim um registo o mais fiel possível.
Houve uma frase que o Diogo referiu, que ele usa como referência e que vou guardar para me ajudar em certos momentos de dificuldade que encontro por falta de meios:
-“Quando não tens material tens de usar o teu potencial.”
Comments are closed, but trackbacks and pingbacks are open.