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A convidada desta semana é a Elsa Serra, uma contadora de histórias, que me foi sugerida pela Rossana Appolloni, que me disse que havia uma pessoa que tinha como profissão “contadora de histórias”! Fiquei curiosíssimo de falar com ela, de perceber o que é um contador de histórias, e como isso se faz.
O percurso da Elsa é não-linear, como muitos dos convidados do Falar Criativo, onde um sonho de ser atriz se cruza com circo, com escrita.
Acredito que a capacidade de contar histórias, de humanizar dados, factos e até coisas, é uma ferramenta que todos deveríamos possuir, pois no nosso dia-a-dia, as ligações que criamos com as pessoas que nos rodeiam, passam muito pelas histórias que vivemos e pela forma que partilhamos as coisas que nos acontecem, levando os ouvintes numa viagem connosco a sítios tão banais, como uma ida ao supermercado que se torna numa epopeia só porque nos esquecemos da carteira em casa, e o relato emociona quem nos ouve, e de alguma forma sente que também ele se esqueceu da dita carteira.
Os criativos, sabem criar, daí o adjectivo que se lhes refere, e essa capacidade tem de ser usada para envolver os destinatários daquilo que criam, passar a informação sobre os seus quadros, os seus potes, o seu design, etc., de forma que seja retida por quem será “comprador” daquilo que vendem. Como a Elsa diz na nossa conversa, 90% da informação é retida se for contada sob a forma de história, contra uns meros 34%, se for apenas um relacto de factos. A história apela a todos os nossos sentidos, inclui-nos, os factos são apenas “razão”.
Como diz a Elsa no seu site, “Contar uma história é um exercício de intimidade”, e todos, sem excepção, ansiamos por esse toque, por essa intimidade da partilha mágica de emoções.
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