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O convidado desta semana é o Rafael Martins, fotógrafo e gerente de dois restaurantes, o Silas e o Silas Chef.
O Rafael entrou em contacto comigo no início do podcast a sugerir convidados, um deles cheguei a entrevistar, o Pedro Albuquerque, o outro ainda não consegui, mas espero coneguir.
Fomos mantendo contacto através do facebook, e em Maio, por altura do meu aniversário ele disse-me que se eu quisesse um dia bem passado ia lá ter com ele a Muge, e iríamos à Casa-Estúdio do Carlos Relvas na Golegã, e almoçaríamos no Silas Chef.
Meses depois, perguntei-lhe se o convite estava de pé, e se ele estaria disponível para ser entrevistado, a resposta foi positiva e lá fui eu ter com ele.
Cheguei lá, e encontrei o Rafael na companhia de um amigo, que passou também o dia connosco, o Vieira Jardim, que escreve uns belos textos, e é uma pessoa bastante divertida.
Fizemos uma visita guiada ao Silas, onde o Rafael nos explicou os conceitos por trás de muitas das ideias que teve para o espaço, como o balcão que contém desenhos feitos com vinho, a caixa de vinho que contém um pampilho inteiro cortado em vários segmentos, e outras coisas que tais.
Comemos uma (espectacular) bifana logo pela manhã e arrancámos em direcção à Golegã onde nos esperavam para a visita guiada à Casa-Estúdio do Carlos Relvas.
Aconselho vivamente a visitarem, tanto pelo espaço em si, como pela história fantástica deste português visionário.
O Rafael entrou para a colecção de honra da Associação Portuguesa dos Profissionais da imagem com este remake do autoretrato do Carlos Relvas, alguém que admira bastante.
Fomos então almoçar ao Silas Chef onde comi uma bifana deliciosamente criativa, com o nome de Vila Morena, e uma vez que o meu pai é de Grândola, e eu gosto muito de lá ir, achei apropriado.
Eu sei que não se devem partilhar fotografias de comida tão apelativa, acho que se chama food porn, mas é totalmente justificado, uma vez que assim vos deixo a vontade de ir lá experimentar, esta e muitas das outras bifanas, com um nome e uma história.
A conversa fluiu, bebemos, comemos, e até o Vieira Jardim, perguntou se eu e o Rafael nos conhecíamos, e eu disse que apenas através do facebook, porém tem sido comum estes encontros com pessoas que partilham comigo uma certa insatisfação de haver tanto para fazer, tão pouco tempo, o não se questionar o porque sim, o gosto pelas artes, pelo querer fazer diferente.
No entanto o Rafael distingue-se de mim pelo facto de ter insistido em trazer ao mundo bifanas diferentes, passando noites a arriscar, a tornar-se um ponto de referência para quem queria comer bem, fosse a que horas fosse.
Eu não me lembro de ter insistido em muitas coisas na minha vida, a não ser na teimosia de não querer que as coisas sejam só porque sim, mas desisti muita vez de várias coisas, sem saber se insistindo mais um pouco o resultado não seria bem melhor, e com real valor.
Como me disse, tenta colocar arte em tudo o que faz, uma vez que neste momento não lhe é possível viver da arte, mas isto para mim também é criatividade, é colocar criatividade na arte de viver.
Mais uma vez agradeço ao Rafael um dos melhores dias que tive nos últimos tempos.
O único lamento que tenho é que a melhor bebida que me lembro de ter provado, o “imprevisto” um vinho licoroso que o Rafael lá tinha, ainda não seja “possível” de provar por todos nós.
Aqui fica o trailer do Lost Highway do David Lynch, um filme que marcou o Rafael, e coincidentemente, a mim também.
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